quarta-feira, 18 de abril de 2018

LABIRINTO GLOBAL PORT




Unidade Básica do holograma: INSTALAÇÃO "LABIRINTO PERSONALIZADO"

(Como construir uma instalação artística como uma ferramenta de reflexão e síntese sobre o significado da própria vida)


     "Este labirinto -disse o Instrutor-, é uma instalação de arte inspirada nos antigos labirintos de muitas culturas ancestrais. Ele serve para ir muito fundo na lembrança e conhecimento dos principais fatos que influenciaram a direção do caminho pessoal de vida da pessoa que está interagindo com ele”


"O Labirinto é arte, e você não deve simplesmente caminhar ao longo da sua trilha pensando ou meditando, não, você tem que interagir com ele de uma forma criativa, artística"

     "A arte é uma das quatro faces da pirâmide de Sabedoria, as outras três são Ciência, Filosofia e Religião, os ancestrais diziam que as quatro faces parecem muito diferentes na base da pirâmide, mas, chegando ao topo, todos eles viram um. Eles deram o nome de "Alquimia" para a síntese dos quatro modos de conhecimento "

     "O conhecimento é  informação adquirida através de métodos ou técnicas. Sabedoria sobre a própria vida requer obter informações, mas não é o suficiente, já que a informação deve ser adquirida por experiência própria, por evidência, por um sentimento profundo sobre sua caminhada interior, e reflexão sobre o seu próprio caminho na vida, interagindo de forma criativa com ele. Será que você entendeu, viajante?” -

    - "Eu acho que sim -o Artista respondeu-, as últimas frases que o senhor pronunciou expressam muito bem o meu próprio conceito sobre o sentido e a função da Arte."

    - "Muito bem- o Guardião do Labirinto do Fim do Mundo, disse-, se você entendeu este conceito, vamos falar sobre como é esta instalação de arte específica, que pretende representar, em uma superfície reduzida, a longa extensão da experiência de seu modo de vida neste grande planeta: "


    "Seu Labirinto personalizado pode ser um caminho de espirais em forma de um oito, rodeado por um jardim que você tem que cultivar para alimentar si mesmo enquanto você o está construindo, ornado artisticamente com esculturas mais ou menos rústicas que vão ser feitas livremente, à sua própria maneira e estilo, atravessado pelos cursos de água que você achar sobre este sítio e ornado por todas as árvores, frutos e flores que você encontrou aqui, e com todos os que você desejar plantar. "

     "O labirinto é como a vida - o Instrutor disse, sorrindo-lhe- Você encontra na frente uma terra e elementos naturais sobre ela, e tem que criar uma ordem material neles, um sistema para alimentar a si mesmo, para viver lá... e você tem que criar também uma organização mental, para personalizar o seu espaço e para cercar-se de conforto natural e artificial, significação e beleza, concorde com as exigências pessoais de sua sensibilidade ".

      "O primeiro, então, é a instalação básica do viajante. Quando já estiver materialmente instalada a estrutura, esta trilha espiralada vai servir-lhe para reconsiderar as sucessivas etapas do seu caminho de vida, aquelas em que se reuniram poder e decisão para ir em busca da realização de seus objetivos principais ... e meditar sobre por que você conseguiu ou não conseguiu realiza-los.
     

     "Com esta reflexão e meditação criativa personalizando cada volta do labirinto, você vai se lembrar claramente, ao longo de cada período de sete anos de sua vida, quais foram as maneiras em que você procede, dentro de suas próprias ações, que o levaram para o sucesso ou o fracasso dos seus objetivos principais nesse período ... ou, mais especificamente, por onde é que esvazia-se sua força, justo quando você precisa mais usá-la bem... "
O Labirinto do Fim do Mundo   

- INICIAÇÃO AO LABIRINTO


     O labirinto personalizado do Guardião era uma trilha para um só caminhante coberta de brancas pedrinhas aredondadas do litoral, que espiralava entre estreitos canteiros de terra negra e fértil, contidos por uma borda de pedras, sobre os que se plantaram alfaces, cebolinhas, cenouras, couves, brócoli, salsa… alternados com margaridas amarelas e brancas, rosas, cravos, gerânios e outras flores locais de pequeno porte. 

     Tinha um aspecto de agradável jardim, sobre um terreno a duas alturas, com algumas rochas caprichosamente furadas pelo mar decorando os lugares de contorno das espirais em cada voluta, e algo assim como uma escultura rústica, feita de madeira colhida na praia, colocada sobre uma base de pedras grandes no centro, situado entre a parte más alta e a más baixa da pendente. 



     -"O labirinto é um caminho de reflexão e de meditação sobre as etapas da vida... Está dividido em cento dez estações que estes glifos definem -explicou o Guardião, assinalando umas grafias que traçara com cal branco sobre uma larga linha de pedras levantadas a cada tanto, junto à trilha de brita. 

      -As dez primeiras estações mostram as forças essenciais com as que nascemos e que nos acompanham sempre. Meu Instrutor chamava-as “Os Perpétuos Essenciais”. Entra-se no Caminho pela Estação 6, “O Filho”, que é cada um o a cada uma de nós, os caminhantes, os Filhos da Vida cuja missão é percorrer Seus caminhos. 

     -Há vinte estações que mostram nossas emoções más baixas, aquelas que ainda arrastamos na memória da alma, procedentes de vidas anteriores o de nosso passado desta. Meu Instrutor chamava-as “As Caras o Faces do Ego”. São as Sombras de 20 das Estações Maiores. 

     -O resto de estações, as noventa que completam o total de cento dez, já representam nosso verdadeiro caminho de aprendizagem pessoal na trilha da nossa vida, propriamente dita. Ao longo de oito Etapas ou cursos da vida, temos que ir polindo aquelas brutas pedras da nossa emocionalidade retrógrada, até acabar por converter nossos desejos ignorantes, impossíveis de satisfazer, em vontade desapegada, constante, ativa e construtiva de atingir entendimento e sabedoria. 

      Na medida que vamos conseguindo esse entendimento, a o longo de um percurso que vai desde a estação Potencialidade hasta a estação Deleite, aumenta nossa consciência sobre o caminho vital percorrido e se nos faz claro o que é que está faltando para coroar de maneira positiva nossa encarnação, o qual permitiria nos abrir ao seguinte degrau evolutivo e passar desta dimensão a outra algo más iluminada.- 







- AS ESTAÇÕES DO LABIRINTO 

     Efetivamente, a partir do seguinte dia, O Artista foi iniciado no conhecimento do Caminho Evolutivo, conhecimento no que progrediu rapidamente, já que os ensinos e experiências pelas que passara em seu anterior caminho vital, o preparam perfeitamente para que o Labirinto não tivesse que fazer outro papel que o da reciclagem das vivências de uma intensa vida, a fim de extrair seu significado geral e sua aprendizagem. 

     -"Em verdade, no saberia como iniciar no conhecimento do Labirinto a ninguém que chegasse em branco –tinha dito o Guardião-, o único que eu posso fazer é reconhecer a alguém que já traz um largo caminho feito e facilitar-lhe introducir o conhecimento que extraiu de sua vivência nesta moldura de síntese. 

     Desde que desenvolveu o uso de imaginaçâo e de razão –explicou o velho-, o ser humano inventou todo tipo de deuses para explicar o mundo, mas o único que segue sendo claro para ele, hoje em dia e sempre, é sua imensa ignorância ante a infinitude do Mistério do Universo, Mistério que é o motor que lhe impulsiona a seguir fazendo perguntas, especular, buscar e, em soma, evoluir. Estamos compostos, em nossa estrutura mental primaria, por uma série de elementos básicos, que meu Instrutor chamava os Perpétuos Essenciais. O mais vasto deles é o Mistério, que ocupa a maior parte de nossa mente. 


     Sobre o fundo espacial do Mistério –seguiu instruindo- surgem, como os planetas luminosos más próximos que o povoam, nossas três primeiras identificações: há na origem de todos nós um Pai e uma Mãe, e sempre estarão em nosso interior, no interior dos homens as mulheres que somos, o Filho. 

      Nossos pais deram a o que somos um veículo contenedor formado por quatro elementos: intelecto, emoção, energia vital e estrutura física. Com tudo isso temos que fazer o longo Caminho que vai da Potencialidade à Mestria, a través da Religação com o Ser que Somos, a través da Seição. 

     Outros dos arquétipos fundamentais completam aos oito primeiros: o Guardião do Umbral, o ego, que sempre está filtrando, traduzindo e interpretando aquilo que chega do Mistério à nossa consciência, e a Sombra da Luz, isto é, a limitação, a necessidade, a preocupação, o medo ao desconhecido, que é nosso desafío. 

     Quando começamos a caminhar sobre o Labirinto da Vida descobrimos que não viemos aqui em branco, porém, que cada um de nós arrasta, de anteriores manifestações de nossa alma sobre este plano, um montão de auto-importância, isto é, as caras do ego, cada uma delas possuída por seus próprios desejos ignorantes, desejos que temos que aprender a transmutar, para que o más autêntico em nós mesmos possa ascender até o alto do nosso céu mental, e brilhar ali como brilha o sol quando não há nuvens. 

     Essa aprendizagem vai-se fazendo a través das etapas e estações do Caminho mesmo, o que é uma eleição vital durante vários cursos, os quais são graus escalonados de polimento e entendimento. Quando chega-se, por fim, a Mestría, teu amor te converte em Ajudador. Só então é possível que teu elevado amor, iluminado por tua sabedoria aprendida e ligado com a fonte de todo poder, seja capaz de alumbrar um segundo nascimento para ti mesmo ou para outros".- 


     Já em sua cabana, o Guardião lhe fez anotar e desenhar quanto lembrava do seu primeiro passeio reflexivo, encomendando-lhe que meditasse sobre aquilo, sempre se referindo às forças que integravam sua personalidade e às experiências dos ciclos já vividos da sua vida. 


     Após descansar, entregou-lhe um labirinto que ele mesmo tinha modelado sobre uma tabuinha em barro fresco de dois colores, tão pequeno que dava para cobri-lo com as duas mãos estendidas. Um dos colores desenhava exclusivamente o caminho, que ascendia o baixava entre uma colina e um vale. 

     -Isto é uma maqueta de um labirinto genérico -explicou-, mas tu o vais a personalizar, o vais converter em “teu labirinto”. Para isso, irás lhe acrescentando o lhe tirando barro aos canteiros da beira da trilha, para criar as alturas e baixadas do caminho emocional de tu vida, ao longo de ciclos de sete anos. As alturas virão marcadas pela intensidade com que viveste os períodos más significativos de cada ciclo, já fossem de prazer ou de luta. 

      As baixadas marcarão os momentos de rotina, de estancamento, de crise, escuros, tortuosos, aborrecidos, adormecidos, vazios, planos, ainda que preparatórios das subas que virão depois. Esta construção é um exercício de meditação criativa, para que o faças até quando estás aqui, em casa, junto ao fogo, pela noite... segundo vais dando forma no barro a cada período da tua vida, deverás reciclar em tu cabeça cada importante aprendizagem que extraístes dele. De manhã, quando estejas np teu jardim-labirinto, passarás a ele tudo quanto tens cavilado sobre a maqueta.- 


     Á partir do segundo dia e durante muitos outros, o Artista, azada em mãos, desbravou o terreno, o nivelou o melhor possível -ainda que uma voluta do oito ficou más alta que a outra a causa de sua configuração- orientou Norte-Sul o eixo das linhas iniciais do labirinto e traçou os caminhos espirales com a ajuda do Guardião. 

O velho aprendera de seu mestre, o Arquiteto, certas fórmulas para conseguir desenvolvimentos geométricos nos que cada parte tinha uma perfeita relação com o tudo do conjunto -“Façamos que o caminho ajuste-se ao passo do caminhante” – comentara o Arquiteto. O Guardião fez ao Artista dar um passo longo e marcou no chão os dois pontos entre o talão do pé que ficava atrás e a ponta dos dedos do que avançava.



      -Estas serão as proporções do teu labirinto personal: Vamos  cortar uma vara reta com a medida de quatro passos teus. Chamaremos a essa vara teu “labo” personalizado, o labo nos dará a medida do rádio de cada uma das duas volutas do oito.

     -"Começaremos fincando sobre o extremo sul ou extremo leste do terreno uma estaca à qual atamos uma corda que estendemos quinze passos, até a fixar em outra estaca, no outro extremo, que pode ser norte, oeste ou variações entre ambos. É assim que obtemos o eixo do oito. 

     Desde ambos extremos, marca com o labo o centro da cada voluta e finca outras duas estacas, desde cada uma delas, ata a corda e traça o contorno de ambas volutas, que terão um labo de rádio. 

     Usando como compasso uma corda de qualquer medida que seja superior ao rádio, ligada à cada um de ambos extremos do diametro de cada voluta, obtemos, onde se cruzam ambas curvas, o outro pau da cruz que parte a voluta em quatro porções. 

     Cada via espiral terá o comprimento de um quarto de labo, isto é, de um passo longo teu. O resto é seguir este desenho. Máximo de atenção na área onde se interpenetram as duas volutas, a uns 7 passos e médio de cada extremo, onde ficará o centro do labirinto.- 

     Uma vez bem traçados os contornos, o Artista acumulou sobre eles a terra fértil, deixando entre os canteiros um comprimento de médio passo para os caminhos. Depois foi cobrindo os caminhos com inumeráveis pequenos cantos rodados brancos que trazia a ombros desde a praia em capachos, também pôs limites às margenss com pedras planas maiores, cuidando de deixar canalinhos para drenar a água da chuva. 

     Ao mesmo tempo foi arejando e amolecendo a terra dos canteiros que iam a ambos lados da cada espiral da trilha e adubou-os bem. 


       Enquanto recolhíam-se na cabana, o Artista tinha à vista tudo o tempo o labirinto-maqueta, e ia modificando e aperfeiçoando ele quando deixava de fazer outras atividades, quando encontrava-se ante o fogo  ou pouco antes de deitar.

     Sem quase o perceber foi dando à aquele labirinto tridimensional a forma de uma matrona envolta em um manto e reclinada.  


     Mais tarde chegou o momento de ir situando ao borde interior do caminho, as pedras maiores escolhidas para marcar as 110 estações em uma sucessão de 50 duplas, já que cada Estação tinha enfrente, um passo além, outra Estação que era sua Sombra, Complemento ou Conseqüência, deixando distâncias semelhantes entre cada uma, e destacando com pedras mais belas e de maior tamanho os 24 Glifos Maiores, tal como se achavam destacados no Labirinto Genérico dos Antigos, no arranque do Cabo do Fim do Mundo.

     Resultou que a estação zero era a mesma que a cento dez, pois o caminho terminava pelo mesmo lugar por onde começava o recomeçava, era um “Uroboros”, como chamavam os gregos ao símbolo infinito da serpente que mordia a própria cauda, com certeza o mesmo que deu origem ao número oito. 

      Logo, o Guardião ensinou-lhe a pintar, com cal colorido de pigmentos vegetais ou ocres misturados com um fixador de clara de ovo, os glifos ou signos estilizados que correspondiam com o significado de cada estação, os mesmos que viam-se gravados nas pedras do Labirinto Ancestral, alguns deles já muito desgastados. 

     Após isso, avisou-lhe, muito claramente, que ali acabavam todos os dados e pistas que os Antigos tinham deixado, e que, em adiante, ele no teria más remédio que ser criativo se queria seguir progredindo e compreendendo. 

     Quando o Artista perguntou sobre as regras para percorrer o Labirinto, o velho disse que tampouco os Antigos tinham deixado instrução alguma, do que se podia deducir que cada caminhante teria que inventar seu próprio rumo, ritmo e maneira de caminhar, igual que acontece no Caminho da Vida. 


     Deixou que passassem três dias sem dar novas informações, a ver se ao Artista descobria algo original, mas não houve progresso nenhum, porém, uma maior confusão. Então perguntou-lhe se queria que lhe proporcionasse os nomes que dera o Arquiteto a cada estação, de acordo com sua interpretação pessoal do recorrido desenhistico de cada glifo. “Cada signo, para mim, é a deslocação de um ponto de energia de entendimento humano” –dixera ao Guardião seu Instrutor-, “é como uma dança de uma figura simples, que desenha em um gesto seu significado”.

     O Artista aceitou e encontrou muito lógicas, e ao mesmo tempo muito intuitivas, as denominações que o Arquiteto tinha dado às figuras básicas que formava a cada signo. Para memorizá-las, foi-as escrevendo ao lado de cada um dos glifos, os quais desenhou sobre o invés de uma pele de vaca curtida que fazia de tapete na cabana do velho, quem animou-lhe então a fixá-la sobre a parede, para que melhor pudesse estudar sobre ela. 

     -Agora, cada caminhante do labirinto da vida tem que pensar sobre todos e a cada um dos conceitos que estes cento dez nomes designam e, se sabe fazé-lo, os escrever e ir melhorando o escrito pouco o pouco, tentando ser breve, profundo e sintético –explicou o velho-. Naturalmente, o que cada quem escrever, dependerá da filosofia pessoal da vida que desenvolveu durante sua caminhada. 

     -…Então- cavilou o Artista ao ouvir aquilo-, suponho que cada reciclagem do conhecimento adquirido por uma pessoa será diferente que o que outras pessoas descubram sobre suas próprias interpretações, ainda que possam coincidir em algumas coisas. 

     -Assim é –respondeu o Guardião-, e essa é a graça deste jogo. Os Antigos criaram um caminho básico que todo mundo pode caminhar, mas o que a cada caminhante vai cultivando o construindo ao percorrer e agir nele é original, criativo, único, pessoal e, no más profundo, intransferível, igual que acontece com o caminho de vida de cada um e a sabedoria que advém do fato de percorre-lo repetidamente. 

     …Isto é, que esta reciclagem para repassar, compreender e tomar consciência do tu aprendeu na tua vida, serve, para valer, só a ti mesmo… ainda que daqui a pouco poderemos começar a comer juntos as verduras do horto que cultivas-te enquanto elucubravas… Que é o que tem verdadeiro valor e utilidade para os demais! - riu com ironia o Guardião do Labirinto. 

     A partir do dia seguinte, com uma pena de galo afiada e tinta feita com negro de zinzas e o mesmo fixador, O Artista foi aos poucos escrevendo notas em seu idioma sobre folhas secas, e as colava com resina de pinheiro junto à cada glifo, mudando-as por outras quando conceitos más adequados iam chegando a seu entendimento. 


     Apesar de seu aborrecimento com as analogias, seu entendimento foi aumentando ao mesmo tempo que cresciam e se multiplicavam as folhas das plantas nos canteiros entre as trilhas. O Artista até chegou a desfrutar muito daquele maravilhoso duplo o triplo desenvolvimento, folha por folha, na horta, na pele de vaca e na sua cabeça, regada com água de poder, e ia-se fazendo, pouco o pouco, um jardineiro bastante bom, a medida que aumentava sua compenetração com os elementos. 


     Agora bem, o que supôs um grande salto para a frente, foi a madrugada em que acordou muito dantes da alva, acendeu uma vela e ficou cantando baixinho enquanto seguia com o índice o desenho da cada um dos glifos da pele fincada na parede, para grande surpresa do Guardião, quando também acordou. 

     Aquela manhã o Artista decidiu substituir sua conceptuação lógica pela conceptuação musical que o fluir da cada signo sugeria-lhe. Isso lhe impulsou a ir mudando gradualmente quase todas as folhinhastas escritas, bem como as elevações e os descensos do caminho espiral no labirinto-maqueta, cada vez menos plano e más tridimensional, a medida que ia surgindo de sua lira ou da sua flauta uma composição que titulou “Estelas do Labirinto”, música que entusiasmava ao seu anfitrião cada dia que a escutava aperfeiçoar-se. O velho também tinha uma flauta e todas as noites acompanhava com alegria ao seu hóspede, tocando ambos um bom tempo ante a fogueira. 

     A investigação musical do Artista floresceu ao mesmo tempo em que a maioria das flores da horta laberintica, e o Guardião o animava dizendo-lhe que sua reflexão superava muitíssimo em criatividade à que ele próprio tinha feito por sua conta no passado. Quando viu que seu aluno ia por sua conta bem além do esperado, começou a compartilhar algumas daquelas descobertas pessoais seuas que coincidiam no essencial com as dele. 

     Exporemos, a seguir, os textos finais que o Artista acabou atribuindo a cada estação com um esforço de síntese. Estão ressaltados os Glifos Maiores com um maior tamanho e grosor de texto. Os Glifos Maiores são 24 inscrições grandes de granito, muito desgastado pelo passo dos milênios, considerados as más antigos do Laberinto Genérico Ancestral. 

     Quando escrevia, o Artista estava convencido que, melhor que dar explicações demasiado concretas, cada texto tinha que ser tão amplamente sugestivo como o título o a estrofe de uma canção, com o fim de permitir que cada caminhante do labirinto entrasse na sugestão e dançasse livremente com ela, voando sobre as asas de sua própria imaginação e criatividade.



EM TEXTOS DAS ESTAÇÕES DO LABIRINTO poderão-se ver os nomes das 110 Estações do Labirinto Global e os textos que definem cada uma, assim como as àreas Continentais onde se repartem. 

       Como trata-se de um labirinto, a ordem dentro de cada área específica não seguirá uma linha, porém, corresponderá a eleição das primeiras pessoas ou instituições que se comprometerem a criar uma Instalação Local Dupla, trabalhando o caráter da Estação que escolheram entre as disponíveis em cada momento. Os últimos em se comprometer terão que ficar com o restante.

     Quem se comprometer, e não tiver sua estrutura básica construida antes de 6 meses após o comprometimento, perderá o seu direito a essa Estação, que será entregada a primeira pessoa ou instituição da lista de espera que a solicitar e construir.

     Em Março de 2013 iniciamos a divulgação do projeto e já temos três Instalações Locais Duplas reservadas: 

Uma no Sul-oeste da Área Amazônica: "O MISTÉRIO-SOMBRA DA LUZ" em Mapiá, Brasil, onde originou-se a inspiração do Labirinto Global,

E duas na Área de América Latina: Serra da Mantiqueira,Brasil, no estado de Minas Gerais, "A MÃE-A ÁGUA" e "O FILHO-O AR"</

quinta-feira, 21 de março de 2013

O LABIRINTO PERSONALIZADO

     


Unidade Básica do holograma: INSTALAÇÃO "LABIRINTO PERSONALIZADO"

(Como construir uma instalação artística como uma ferramenta de reflexão e síntese sobre o significado da própria vida)


     "Este labirinto -disse o Instrutor-, é uma instalação de arte inspirada nos antigos labirintos de muitas culturas ancestrais. Ele serve para ir muito fundo na lembrança e conhecimento dos principais fatos que influenciaram a direção do caminho pessoal de vida da pessoa que está interagindo com ele”




O Labirinto do Fim do Mundo

"O Labirinto é arte, e você não deve simplesmente caminhar ao longo da sua trilha pensando ou meditando, não, você tem que interagir com ele de uma forma criativa, artística"

     "A arte é uma das quatro faces da pirâmide de Sabedoria, as outras três são Ciência, Filosofia e Religião, os ancestrais diziam que as quatro faces parecem muito diferentes na base da pirâmide, mas, chegando ao topo, todos eles viram um. Eles deram o nome de "Alquimia" para a síntese dos quatro modos de conhecimento "

     "O conhecimento é  informação adquirida através de métodos ou técnicas. Sabedoria sobre a própria vida requer obter informações, mas não é o suficiente, já que a informação deve ser adquirida por experiência própria, por evidência, por um sentimento profundo sobre sua caminhada interior, e reflexão sobre o seu próprio caminho na vida, interagindo de forma criativa com ele. Será que você entendeu, viajante?” -

    - "Eu acho que sim -o Artista respondeu-, as últimas frases que o senhor pronunciou expressam muito bem o meu próprio conceito sobre o sentido e a função da Arte."

    - "Muito bem-O Guardião do Labirinto do Fim do Mundo, disse-, se você entendeu este conceito, vamos falar sobre como é esta instalação de arte específica, que pretende representar, em uma superfície reduzida, a longa extensão da experiência de seu modo de vida neste grande planeta: "


    "Seu Labirinto personalizado pode ser um caminho de espirais em forma de um oito, rodeado por um jardim que você tem que cultivar para alimentar si mesmo enquanto você o está construindo, ornado artisticamente com esculturas mais ou menos rústicas que vão ser feitas livremente, à sua própria maneira e estilo, atravessado pelos cursos de água que você achar sobre este sítio e ornado por todas as árvores, frutos e flores que você encontrou aqui, e com todos os que você desejar plantar. "

     "O labirinto é como a vida - o instrutor disse, sorrindo-lhe- Você encontra na frente uma terra e elementos naturais sobre ela, e tem que criar uma ordem material neles, um sistema para alimentar a si mesmo, para viver lá... e você tem que criar também uma organização mental, para personalizar o seu espaço e para cercar-se de conforto natural e artificial, significação e beleza, de acordo com as exigências pessoais de sua sensibilidade ".

      "O primeiro, então, é a instalação básica do viajante. Quando já estiver materialmente instalada a estrutura, esta trilha espiralada vai servir-lhe para reconsiderar as sucessivas etapas do seu caminho de vida, aquelas em que se reuniram poder e decisão para ir em busca da realização de seus objetivos principais ... e meditar sobre por que você conseguiu ou não conseguiu realiza-los.
     

     "Com esta reflexão e meditação criativa personalizando cada volta do labirinto, você vai se lembrar claramente, ao longo de cada período de sete anos de sua vida, quais foram as maneiras em que você procede, dentro de suas próprias ações, que o levaram para o sucesso ou o fracasso dos seus objetivos principais nesse período ... ou, mais especificamente, por onde é que esvazia-se sua força, justo quando você precisa mais usá-la bem... "

sábado, 16 de março de 2013

CONTATO COM FONTE



ESTE PROJETO ESTÁ ABERTO A TODO TIPO DE PARCEIROS ARTÍSTICOS, INVESTIDORES E PATROCINADORES:

 CONTATO COM FONTE: 

Manuel Costas "Castelin"

brasiverso@gmail.com

Telefone no Brasil: TIM 35-91333847